O magnata franco-israelita Beny Steinmetz, de 64 anos, foi na sexta-feira condenado por um tribunal suíço de primeira instância a cinco anos de prisão por subornar funcionários públicos na Guiné-Conacri para tentar obter uma licença de exploração mineira.
“Parece, pelo que foi exposto, que as concessões foram obtidas através da corrupção e que Steinmetz colaborou com outros” para as obter, disse a presidente do tribunal criminal de Genebra, Alexandra Banna.
Para além da condenação a cinco anos de prisão, o magnata foi igualmente obrigado a pagar uma indemnização de 46 milhões de euros às autoridades do cantão de Genebra, tal como tinha sido pedido pelo Ministério Público.
Ao abandonar o tribunal, Beny Steinmetz disse que tinha havido uma “grande injustiça” e o seu advogado anunciou que iria recorrer da sentença.
Para a ONG Public Eye, que denuncia as injustiças com origem na Suíça, o caso é “emblemático das práticas predatórias do sector mineiro” e constitui um “verdadeiro exemplo nos mecanismos da corrupção internacional, tendo como pano de fundo a Guiné, um dos países mais pobres do planeta”.
O julgamento, que teve lugar de 11 a 18 de Janeiro, foi o culminar de uma longa investigação internacional lançada na Suíça em 2013 sobre licenças de exploração mineira concedidas na Guiné-Conacri ao Grupo Beny Steinmetz (BSGR), na qual o comerciante de diamantes actua como consultor.
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