Um abaixo-assinado que foi até ao momento endossado por mais 90 mil pessoas está a pedir às autoridades norte-americanas que tomem uma posição sobre a detenção, por parte das autoridades da República Popular da China, de um grupo de activistas pró-democracia. Entre os detidos está Tsz Lun Kok, um estudante da vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong, com passaporte e nacionalidade portuguesa.
A petição foi submetida no portal “We The People, uma plataforma digital criada pela administração Obama, e necessita de recolher pouco mais de nove mil assinaturas até 2 de Outubro para que a Casa Branca tenha que responder oficialmente à iniciativa. O abaixo-assinado pede a libertação imediata de um grupo de doze militantes pró-democracia de Hong Kong que foram detidos, a 23 de Agosto, ao largo da costa da província chinesa de Guangdong, quando procurava chegar de forma clandestina a Taiwan.
“De acordo com a lei chinesa, a detenção pode ser estendida durante 30 dias sem acusação, isso não é aceitável e exigimos a sua libertação imediata e regresso seguro a Hong Kong”, lê-se no texto da petição.
Os pedidos para a libertação de Tsz Lun Kok têm ganho grande projecção nas redes sociais e foi um dos apelos que se fizeram ouvir nas manifestações que no domingo tomaram as ruas da antiga colónia britânica. Os protestos resultaram na detenção de 289 pessoas, entre os quais vários activistas pró-democracia. As manifestações colocaram em causa o adiamento das eleições para o Conselho Legislativo, inicialmente previstas para este mês.
Joshua Wong, um dos mais carismáticos líderes do movimento pró-democrático de Hong Kong, publicou várias mensagens de apoio ao grupo, que se encontra detido na cidade chinesa de Shenzen. Uma das mensagens foi dirigida em exclusivo ao jovem estudante com nacionalidade portuguesa. Wong pediu a libertação de Tsz Lun Kok e mostrou-se preocupado com a violação dos direito humanos e do direito a defesa jurídica, bem como de protecção consular.
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