
A República Popular da China reconheceu na quinta-feira a “necessidade urgente” de melhorar a higiene nos seus mercados e cadeias de abastecimento alimentar após um novo surto de COVID-19 em Pequim. Até agora, as autoridades da capital chinesa já registaram 183 casos de infecção. Só esta sexta-feira foram 25, os diagnósticos positivos.
Pequim aumentou na última terça-feira o nível da resposta de emergência ao novo coronavírus, com o propósito de conter a propagação massiva do SARS-Cov2 , que eclodiu há uma semana no principal mercado de Xinfadi.
De acordo com a Comissão Central de Inspecção Disciplinar do Partido Comunista da China (PCC) num relatório publicado no seu portal electrónico, “há uma necessidade urgente do país melhorar os padrões de saneamento e minimizar os riscos à saúde nos mercados”: “A epidemia é um espelho que não só reflete o aspecto sujo e desorganizado dos mercados, mas também mostra o baixo nível de excelência na sua gestão”, diz o relatório.
O novo coronavírus foi detectado pela primeira vez no mercado de Huanan, na cidade de Wuhan. Em Pequim o surto teve origem no mercado de Xinfadi, que cobre uma área de 112 hectares, possui 1,5 mil funcionários e mais de 4 mil bancas: “A maioria dos mercados foi construída há 20 ou 30 anos, quando a drenagem e tratamento de esgotos eram relativamente subdesenvolvidos”, acrescenta a agência.
Resta saber se o país irá tomar medidas decisivas para melhorar a higiene neste tipo de estabelecimento e nos chamados mercados subterrâneos e semi-subterrâneos, espaços fechados e húmidos onde praticamente não há ventilação.
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