Coronavírus. Número de mortos em Guangdong sobe para quatro

A vizinha província chinesa de Guangdong, que faz fronteira com a Região Administrativa Especial de Macau, reportou no domingo duas mortes devido ao novo coronavírus. Os óbitos elevam para quatro o total de vítimas mortais, numa altura em que figura como a segunda província com mais casos.

No total, Guangdong regista 1.322 casos, o segundo número mais elevada entre as 27 províncias e regiões autónomas da China continental, mas muito longe da cifra reportada pela província de Hubei, província que está no epicentro do novo coronavírus. As duas primeiras mortes registadas em Cantão ocorreram nos dias 6 e 12 de Fevereiro, respectivamente.

No extremo sudeste da província, a cidade de Shenzhen, que faz fronteira com Hong Kong, registou duas mortes até à data e 415 casos de contágio. Já Zhuhai, cidade que faz fronteira com Macau, não reportou mortos, mas registou, até agora, 97 casos de infecção pelo novo coronavírus. Um dos mais recentes diz respeito a uma mulher de 63 anos, natural de Wuhan, que permaneceu no território entre 20 e 27 de Janeiro, período que, de grosso modo, correspondeu à paragem do Ano Novo Lunar.

Guangdong é a província chinesa que mais exporta e a primeira a beneficiar das reformas económicas adoptadas pela hierarquia comunista no final dos anos 1970. A província integra três das seis Zonas Económicas Especiais da China – Shenzhen, Shantou e Zhuhai – recebendo milhões de trabalhadores migrantes.

No total, foram reportados 70.548 casos de infecção na China continental. Entre os casos, 58.182 foram reportados pela província de Hubei, centro do surto e onde várias cidades foram colocadas sob quarentena, com saída e entradas interditas, uma medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.

No total, o país reportou 1.770 mortos. Há ainda a registar um morto na região chinesa de Hong Kong, um nas Filipinas, um no Japão, um em França e um em Taiwan.

Macau, onde continuam internados cinco pacientes com o coronavírus, autorizou a reabertura, a partir de quarta-feira, dos casinos, que estiveram encerrados por 15 dias, e determinou o encerramento de estabelecimentos de diversão nocturna, espaços desportivos e culturais e enviou alunos e funcionários públicos para casa, onde trabalham à distância.

Cinemas, teatros, estabelecimentos de saunas e massagens, bares discotecas e ginásios, entre outros espaços, vão continuar encerrados até ordem em contrário, para prevenir o risco de contágio.

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