Royal Caribbean recusa embarque a passageiros com passaporte de Macau, de Hong Kong e da China

Um dos principais operadores de cruzeiros do mundo, a Royal Caribbean, anunciou que está a recusar a entrada a passageiros que viajem com passaporte chinês ou documentos de viagem das Regiões Administrativas Especiais de Macau e de Hong Kong.

A empresa disse que tomou a decisão “após consultar médicos especialistas e autoridades de saúde pública”. A medida tem o propósito de “proporcionar uma óptima experiência de férias” aos passageiros e de assegurar a protecção de “hóspedes e passageiros”.

A proibição, anunciada na sexta-feira, deverá ser válida para todo o mês de Fevereiro e será aplicada “independentemente do local de residência” dos titulares de passaportes da China, de Hong Kong e de Macau.

Vários outros operadores de cruzeiros também cancelaram paragens em Hong Kong ou no Continente. Outros anunciaram a intenção de recusar o embarque a passageiros que  tenham estado em Macau, em Hong Kong ou no Continente.

A Royal Caribbean também anunciou que vai submeter a testes de despistagem do coronavírus qualquer passageiro que tenha tido contacto com pessoas que estiveram em Hong Kong, em Macau ou no continente nos últimos 15 dias, bem como qualquer passageiro ou tripulante com sintomas de gripe.

Qualquer pessoa que tenha febre ou “baixa oximetria no sangue” será impedida de embarcar.

Dois navios de cruzeiro foram colocados em quarentena devido às preocupações suscitadas pela  disseminação dos casos de infecção pelo novo coronavírus. Em ambos os casos foram confirmadas ligações com passageiros oriundos de Hong Kong.

Em Yokohama, 70 pessoas foram diagnosticadas com o novo coronavírus a bordo do Diamond Princess, navio que está em quarentena desde quinta-feira. O navio está no centro das preocupações das autoridades de saúde japonesas depois de um passageiro que desembarcou em Hong Kong no mês passado ter sido diagnosticado com o vírus.

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