Hong Kong. Manifestação colocou oito mil mães na ruas

Milhares de mães saíram à rua nesta sexta-feira na vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong numa manifestação de apoio aos estudantes que ao longo do último mês estiveram na linha da frente dos protestos contra a proposta de revisão da lei de extradição. O diploma possibilitaria o envio de suspeitos para a República Popular da China para que fossem julgados pelos tribunais do Continente.

A chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, exortou os estudantes a reunirem-se à porta fechada com o Governo, numa tentativa de refrear os 』animos na antia colónia britânica, na sequência de um mês de protestos.

Um grupo de manifestantes invadiu na segunda-feira as instalações do Conselho Legislativo, o 22º aniversário do regresso da antiga colónia britânica à soberania da República Popular da China. 

Lam, que tem apoio de Pequim, suspendeu o projecto de lei, mas os manifestantes estão a exigir a sua anulação total: “Os jovens já fizeram muito por nós. Devemos, pelo menos por uma ocasião posicionar-mo-nos a seu favor. Estou muito afligida com eles. Embora passem a ideia de que são violentos, a verdade é que não feriram ninguém”, disse Carina Wan, professora primária de 40 anos que participou da marcha. “Quem nos fere é o governo. Se não soltarem os jovens detidos, vamos continuar a tomar posição”.

    Os organizadores estimam que 8 mil mães participaram da marcha. A polícia menciona 1.300.

  Num comunicado enviado por email, uma porta-voz de Carrie Lam disse na quinta-feira que a chefe do Executivo “convidou os jovens para reuniões”.

    A associação de estudantes da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, uma das oito maiores instituições de ensino locais, recusou a oferta, dizendo que a chefe do Executivo pediu uma reunião a portas fechada.

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