Rússia liberta baleias capturadas há um ano

As autoridades russas libertaram duas orcas e seis belugas na quinta-feira. Os mamíferos integravam um grupo de cerca de uma centena de animais capturados no Extremo Oriente no ano passado. A captura causou um grande clamor internacional. 

Capturados no ano passado, os animais deviam ter sido vendidos a parques aquáticos ou aquários na República Popular da China. Esta quinta-feira, os gigantes dos mares foram soltos no seu habitat natural, no Mar de Okhotsk, informou um instituto de pesquisa oceanográfica num comunicado. 

O caso das baleias capturadas, que eram mantidas em espaços apertados, indignou centenas de pessoas por todo o mundo e levou celebridades como o actor Leonardo DiCaprio a lançar petições em prol da libertação.

Moscovo libertou os animais mas não se livrou de críticas. A Greenpeace Rússia e outros grupos ambientalistas disseram que a operação não tinha sido feita de maneira transparente, que teria sido apressada e teria colocado os animais em risco. 

O Instituto Russo de Pesquisa Piscatória e Oceanográfica adiantou que as baleias foram monitorizadas de perto durante a viagem de 1,800 quilómetros que culminou na libertação dos animais e assegurou que nenhuma das baleias  sofreu: “Os veterinários realizaram todos os testes necessários antes de as libertar e os resultados mostram que os animais estão em boas condições”, sustenta o instituto. 

As duas orcas, que não foram libertadas ao mesmo tempo que as belugas, estavam “nervosas” sobre o regresso ao meio selvagem e nadaram perto da costa durante horas antes de voltarem para o mar aberto, de acordo com a nota emitida pelo Instituto.

O Greenpeace, entretanto, afirmou num comunicado que os cetáceos foram transportados durante uma semana em pequenos contentores e que foram libertados sem serem reintroduzidos no local antecipadamente, o que “aumenta seriamente o risco de trauma ou morte para os animais”. 

A organização não-governamental disse que “o processo inteiro aconteceu em segredo” e que deveria ter envolvido cientistas internacionais e independentes.

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