
Quatro médicos e o deputado que representa os profissionais da saúde no Conselho Legislativo da vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong, Pierre Chan, emitiram esta sexta-feira uma declaração em que pedem à polícia para não deter manifestantes que se dirijam aos hospitais públicos para obter tratamento médico.
Os clínicos e o deputado lembram, na declaração, que o Comissário da Polícia da antiga colónia britânica, Stephen Lo, admitiu que na quarta-feira os agentes das forças de segurança efectuaram algumas detenções no interior dos hospitais públicos da RAEHK na sequência dos confrontos entre manifestantes e a polícia que decorreram no exterior do Conselho Legislativo. Os quatro médicos e o deputado consideram as detenções em meios hospital “como um desvio à norma”.
Na declaração, o grupo de clínicos defende que as detenções podem demover eventuais feridos de recorrer aos hospitais para obter tratamento médico. Consideram ainda que a entrada de agentes à paisana nos hospitais pode não só violar a privacidade dos pacientes, mas também afectar a confiança entre o pessoal hospitalar e quem procura os Serviços de Saúde da vizinha RAEHK.
A Autoridade Hospitalar de Hong Kong emitiu, entretanto, um comunicado em que assegura que os dados recolhidos junto dos pacientes se destinam a fins clínicos e assegura que há um mecanismo para lidar com as solicitações feitas pelas forças de segurança.
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