Hong Kong. União Europeia pede que Governo respeite direitos dos manifestantes

Fotografia: Reuters/Tyrone Siu

A União Europeia (UE) pediu esta quarta-feira às autoridades da vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong que respeitem os direitos de reunião e livre expressão dos manifestantes contra a proposta de lei da extradição. Bruxelas defendeu ainda que o Governo deve evitar a violência nos confrontos.

O porta-voz do Serviço Europeu de Acção Externa explicou, em comunicado, que  a União Europeia “compartilha muitas das preocupações” expressadas pelas pessoas nas manifestações contra a reforma da lei da extradição. Bruxelas teme que activistas locais, jornalistas ou dissidentes residentes em Hong Kong possam ser enviados para a República Popular da China para serem julgados.

“Trata-se de um assunto sensível, com amplas implicações potenciais para Hong Kong e para o seu povo, para a União Europeia e para os cidadãos estrangeiros, bem como para a confiança dos empresários em Hong Kong”, disse o porta-voz. A União Europeia pediu para se iniciar uma ” consulta pública profunda “para encontrar uma solução construtiva.

Em relação às manifestações, que levaram a polícia de Hong Kong a usar balas de borracha e gás lacrimogéneo, pelo menos 22 pessoas ficaram feridas, com a União Europeia a pedir para que se evite “violência e respostas que agravem a situação”, enquanto os cidadãos “exercem os direitos fundamentais de reunião e expressão” de maneira pacífica.

Milhares de manifestantes juntaram-se na quarta-feira nas imediações do Conselho Legislativo de Hong Kong, que se preparava para debater a proposta de lei da extradição. A reunião plenária onde o diploma deveria ser discutido acabou por ser adiada.

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