
Dezenas de empresas da vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong anunciaram esta terça-feira a intenção de fechar as portas na quarta-feira. O propósito? Permitir que os funcionários protestem contra o plano do Governo local de permitir a extradição para a República Popular da China.
Na segunda-feira, a chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, assegurou que o Governo vai mesmo avançar com a proposta de lei da extradição, apesar da antiga colónia britânica ter sido palco de um protesto em massa no domingo contra o controverso diploma.
De acordo com os organizadores, mais de um milhão de pessoas enfrentaram o calor sufocante que se fez sentir na RAEHK no domingo e saíram à rua para pedir ao Executivo de Hong Kong que abandonasse a proposta.
No entanto, a magnitude do protesto não dissuadiu Carrie Lam. A Chefe do Executivo da vizinha Região Administrativa Especial anunciou que o Conselho Legislativo (LegCo) vai mesmo debater o texto na quarta-feira, como previsto.
A proposta provocou críticas por parte de vários países e organizações e um protesto que juntou centenas de milhares de habitantes de Hong Kong. Os residentes da vizinha RAEHK receiam um sistema judicial chinês opaco e politizado.
Os opositores do texto já anunciaram uma manifestação na quarta-feira perto do Conselho Legislativo e exortaram a população a participar nos protestos ou a fazer greve. Outros anunciaram a intenção de realizar um comício na terça-feira à noite para passar a noite perto do Conselho Legislativo.
Os comerciantes já se mobilizaram nas redes sociais, sob uma ‘hashtag’ que poderá ser traduzida como “#strike1206” (greve1206), para anunciar que as lojas vão fechar portas para que os seus funcionários se possam manifestar.
São sobretudo empresas familiares e pequenos negócios que estão no centro da economia local, mas que raramente fazem ouvir a sua voz no debate político.
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