Hong Kong. Manifestantes ocupam principal artéria de Admiralty

Fotografia: RTHK;

Um largo número de manifestantes terão ocupado ao início da noite deste domingo uma das principais ruas de Admiralty, na vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong, no que poderá ser a reedição dos protestos que há cinco anos paralisaram a antiga colónia britânica.

Os manifestantes sentaram-se no asfalto em Harcourt Road, nas imediações da zona central de Admiralty. De acordo com a RTHK, a emissora pública de radiodifusão de Hong Kong, a polícia montou no local um forte aparato de segurança, tendo avisado por mais de uma ocasião que o grupo está a infringir as leis em vigor no território vizinho.

Durante a tarde, as forças de segurança recorreram a gás pimenta com o propósito de afastar um grupo de manifestantes mascarados que tentaram ocupar Harcourt Road.

As autoridades da vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong dizem que identificaram vários apelos, feitos através das redes sociais, para que os manifestantes que este domingo saíram à rua na antiga colónia britânica ocupassem as ruas do centro de Hong Kong.

O partido Demosisto e o grupo pró-independência Studentlocalism estão entre as entidades que instaram os manifestantes a montar cerco ao edifício do Conselho Legislativo (LegCo) com o propósito de convencer os deputados a votar contra a aprovação do diploma que deverá dar luz verde à extradição de residentes de Hong Kong para a República Popular da China.

Os líderes do Demosisto pediram ao manifestantes para ocupar a Avenida Tim Mei, no exterior do LegCo, até que a chefe do Executivo, Carrie Lam, responda às exigências dos manifestantes.

Já o grupo Studentlocalism considera que a desobediência civil é a única opção na luta contra o que dizem ser uma “lei demoníaca”. Num comunicado publicado na rede social Facebook, os activistas do grupo pró-independência não afastam a hipótese de enveredar pela violência para impedir que o hemiciclo da vizinha RAEHK dê carta branca ao diploma.

Os manifestantes têm autorização para permanecer concentrados em frente ao edifício que aloja o Conselho Legislativo até à meia-noite. A lei da extradição deverá ser votada na especialidade na próxima quarta-feira, de acordo com os meios de comunicação social de Hong Kong.

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