
Provocar disputas comerciais é “puro terrorismo econômico”, afirmou esta quinta-feira um diplomata chinês, elevando a retórica contra os Estados Unidos da América no âmbito de uma guerra comercial que não dá sinais de abrandamento.
As tensões comerciais entre os Estados Unidos da América intensificaram-se mais ainda no início do mês, depois que o governo norte-americano ter acusado a China de ter “renegado” as promessas anteriormente feitas de operar mudanças estruturais na forma como conduz as suas práticas económicas.
Washington taxou, como consequência, com tarifas adicionais de até 25 por cento 200 mil milhões de dólares em produtos chineses, levando a República Popular da China a retaliar.
Em declarações feitas à imprensa em Pequim, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Zhang Hanhui, reiterou que a China se opõe ao uso de instrumentos como as sanções comerciais e se mantém como uma feroz opositora do proteccionismo: “Somos contra uma guerra comercial mas não temos medo de uma guerra comercial. Este tipo de disputas comercias deliberadamente provocadoras é puro terrorismo económico, chauvinismo económico, intimidação económica”, disse Zhang, quando interrogado sobre o agravar das tensões com os Estados Unidos da América. “Todos perdem numa guerra comercial”, sustentou ainda Zhang.
“Este braço-de-ferro comercial terá um efeito negativo sobre a economia e vai comprometer a recuperação económica a nível mundial”, defendeu o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês.
“Temos, no entanto confiança, determinação e capacidade de proteger a soberania, segurança, respeito e interesses de desenvolvimento de nosso país.”
Ao longo das duas últimas semana, a República Popular da China indicou que pode usar sua posição dominante como exportador de terras raras para os Estados Unidos da América na guerra comercial. Terras raras são um grupo de 17 elementos químicos usados numa vasta gama de aplicações, desde aparelhos de alta tecnologia a equipamento militar.
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