China. Incertezas externas dificultam reforma económica, admite XI

As autoridades chinesas deram esta quarta-feira a conhecer uma série de medidas de orientação com o objectivo de minimizar o eventual impacto da guerra comercial. Entre as soluções propostas estão a melhoria das políticas macroeconómicas, a aposta na autossuficiência alimentar ou a redução dos custos médicos. O presidente Xi Jinping voltou a alertar que a China está sujeita a novos desafios com o aumento das incertezas externas.

“Actualmente, o progresso da reforma e do desenvolvimento da República Popular da China está sujeito a mudanças profundas”, sublinhou Xi. O Chefe de Estado chinês presidiu a uma reunião sobre o aprofundamento das reformas com vários altos quadros do Governo central, informou a CCTV.

Apesar dos desafios, a República Popular da China vai dar continuidade às reformas estruturais do lado da oferta e vai procurar manter as operações económicas dentro de um intervalo razoável, sublinhou Xi, de acordo com a televisão estatal chinesa.

O presidente chinês defendeu que as políticas macroeconómicas promovidas vão contribuir para uma melhoria das relações entre o Governo e o mercado, sem dar detalhes sobre as medidas a que se refere.

O Governo tem vindo a aumentar as ajudas estatais a uma economia enfraquecida pelo intensificar da guerra comercial com os Estados Unidos da América.

A tensão entre os dois países cresceu de forma acentuada este mês, depois de Washington ter imposto tarifas adicionais às exportações chinesas e ampliaram o escopo do conflito para a frente tecnológico ao impedirem efectivamente que a Huawei, gigante das telecomunicações chinesa, tenha acesso ao mercado norte-americano.

Outras orientações de reforma aprovadas na reunião incluem a melhoria da transferência, aluguel e hipoteca dos direitos de uso de lotes para construção.

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