Investigadores israelitas recriam a “cerveja dos faraós”

Investigadores israelitas anunciaram na quarta-feira que conseguido extrair levedura de jarros antigos para fabricar uma cerveja similar à que os faraós consumiam há mais de 3.000 anos. Esta cerveja, com um teor alcoólico de 6 por cento e um sabor parecido ao de uma de trigo, foi apresentada aos jornalistas, assim como um hidromel com 14 graus de álcool.

No balcão de um bar de Jerusalém Ocidental, os jornalistas e pesquisadores degustaram em copos de plástico uma cerveja clara, que ainda não tem nome oficial.

Esta é a primeira vez que se recria uma cerveja utilizando levedura antiga, afirmaram investigadores da Autoridade de antiguidades israelita e de três universidades que estiveram envolvidas no projecto: “Quando obtivemos esta cerveja, sentámo-nos à volta de uma mesa, bebemos e brindamos”, afirmou Aren Maeir, arqueólogo da Universidade de Bar-Ilan.

“Lembro-me de dizer: Ou nada acontece ou estaremos todos mortos daqui a cinco minutos. Sobrevivemos e estamos aqui para contar a história”, acrescentou Maeir.

A cerveja degustada na quarta-feira foi fabricada com levedura que data de há cerca de 3.000 anos, precisaram os investigadores. A mesma equipa encontrou levedura com cinco mil anos, de acordo com a Autoridades israelita para as antiguidades.

No total, puderam extrair seis tipos de leveduras diferentes dos restos de jarros encontrados em locais arqueológicos. Uma delas foi encontrada no centro de Israel, nem perto do lugar no qual, de acordo com a Bíblia, ocorreu o combate entre o gigante Golias e David. Os outros locais situam-se no deserto do Neguev, que na época dos faraós fazia parte do Egipto, bem como em Tel Aviv e na região de Jerusalém.

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