O relator da Organização das Nações Unidas para os Direitos Humanos na Coreia do Norte vai estar em Seul entre 7 e 11 de Janeiro para se reunir com refugiados norte-coreanos e analisar a situação naquele país, divulgou a organização.
O relator, o argentino Tomás Ojea Quintana, vai também reunir-se com altos funcionários do Governo da Coreia do Sul e representantes da sociedade civil, com o objectivo de recolher informações sobre a situação actual dos direitos humanos na Coreia do Norte.
O regime norte-coreano de Kim Jong-un ainda não concordou em permitir a entrada do relator da ONU na Coreia do Norte, apesar dos repetidos pedidos das Nações Unidas, lembrou o comunicado.
A visita de Ojea será a quinta que o argentino realizará desde a sua nomeação como relator da ONU em 2016 e a primeira desde Julho do ano passado.
Ojea dará uma conferência de imprensa a 11 de Janeiro, em Seul, para relatar os resultados de suas reuniões.
O também advogado representou durante parte de sua carreira as Avós da Praça de Maio (grupo de mães e avós que procuravam os seus filhos e netos sequestrados pelos militares durante a ditadura argentina entre 1976 e 1983) e pelas Nações Unidas também trabalhou na Bolívia e na Birmânia (Myanmar).
A ONU denunciou repetidamente graves abusos sistemáticos dos direitos humanos na Coreia do Norte, que podem incluir crimes contra a humanidade, de acordo com uma investigação publicada em 2014 por uma comissão de especialistas da organização.
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