As autoridades de Macau abriram 760 investigações sobre crimes relacionados com o jogo ilegal durante o último ano judicial. O número, avançado esta semana pelo Procurador-Geral do Ministério Público Tong Hio Fong na cerimónia que pautou o arranque do novo ano judicial, esconde um aumento substancial face aos 325 casos registados no ano anterior.
Tong atribuiu o aumento, da ordem dos 134 por cento, à entrada em vigo, em Outubro do ano passado, da Lei n.º 20/2024. O diploma visa as redes de conversão de moeda que operam dentro e nas imediações de casinos. Mais de metade dos casos registados no ano passado – 410, mais concretamente – envolveram práticas de câmbio ilegal de moeda.
O novo Procurador-Geral do Ministério Público sustenta, porém, que o número reflecte o reforço da fiscalização contra as redes não regulamentas de intermediários e a supervisão mais apertada das actividades dos junkets, bem como a repressão do branqueamento de capitais como parte das reformas em curso no sector do jogo.
Em termos gerais, a taxa de criminalidade caiu 6,4 por cento em termos homólogos no primeiro semestre de 2025. Os casos de fraude e a criminalidade violenta diminuíram 19,1 e 16,8 por cento, respetivamente, na primeira metade do corrente ano.
As práticas ilegais de câmbio dentro e fora dos casinos representaram 22,1 por cento dos crimes relacionados com o sector do jogo. DSos 1.348 suspeitos envolvidos em crimes relacionados com casinos entre Janeiro e Junho, menos de 200 eram residentes locais.


Leave a Reply