Urso mata mulher no norte do Japão

Fotografia: Sukit Suparatpinyo/Unsplash

Uma mulher no norte do Japão morreu depois de ter sido atacada por um urso enquanto colhia cogumelos. Uma segunda mulher permanece desaparecida, informaram este sábado a polícia e os meios de comunicação social japoneses.

As autoridades nipónicas têm vindo a registar um aumento significativo no avistamento de ursos selvagens ao longo dos últimos anos, mesmo em zonas urbanas e residenciais. Ambientalistas e especialistas associam o aumento das ocorrências a factores como o declínio da população humana e as alterações climáticas.

“Uma mulher foi confirmada como morta e outra continua desaparecida”, disse à AFP um agente das forças de segurança da região de Miyagi, no norte do Japão.

Quatro pessoas, incluindo duas mulheres na casa dos 70 anos, encontravam-se a apanhar cogumelos numa região montanhosa na sexta-feira quando foram surpreendidas pelo animal.

Embora o agente tenha dito que as forças de segurança ainda estava a investigar a causa da morte, os meios de comunicação locais noticiaram que um dos membros do grupo teria ligado para a polícia a dizer que a mulher tinha sido atacada por um urso.

A emissora pública NHK noticiou que as autoridades policiais acreditam que terá a mulher terá sido atacada pelo animal, tendo por base os ferimentos que a vítima apresentava no corpo.

Numa ocorrência autónoma, o corpo de um homem de 78 anos com marcas de garras foi encontrado na região de Nagano, segundo o jornal Asahi Shimbun. A polícia acredita que foi morto por um urso, de acordo com a imprensa japonesa.

No mês passado, o Japão flexibilizou as regras relativas ao uso de armas, facilitando o uso de espingardas por caçadores em áreas urbanas, após um aumento dos ataques perpetrados por ursos.

De acordo com a NHK, 69 pessoas em todo o país sofreram ferimentos causados ​​por ursos, sendo que cinco delas morreram entre Abril e Agosto deste ano.

Dados governamentais mostram que ursos atacaram 85 pessoas no ano que terminou em Março de 2025. Três delas acabaram por perder a vida. No ano anterior, registaram-se 219 ataques e seis mortes em todo o Japão.

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