Um saco de brindes distribuído pela Câmara de Comércio dos Estados Unidos para promover a indústria americana tem boas intenções, mas pode enviar a mensagem errada. Muitos dos presentes têm o selo “Made in China”.
Os delegados e demais membros das missões da Cimeira das Américas, que decorre em Los Angeles esta semana, recebem todo o tipo de presentes e amostras de diversos grupos que procuram fazer avançar a sua agenda.
Num concorrido evento paralelo, apelidado de “Cimeira de CEOs”, a elite empresarial e política subiu ao palco para discutir como as empresas podem ajudar a impulsionar o desenvolvimento nas zonas empobrecidas das Américas Central e do Sul.
Os participantes – incluindo eles o director executivo do Google, Sundar Pichai, o presidente americano, Joe Biden e o número três da Meta, Nick Clegg, foram presenteados com uma sacola azul de brindes oferecida pelos anfitriões, a Câmara de Comércio dos Estados Unidos.
Uma inspeção mais detalhada revela, porém, que o seu conteúdo não nasceu exactamente nos Estados Unidos.
Uma garrafa metálica encontrada na bolsa traz a etiqueta CHINA, em maiúsculas, na parte inferior, denotando a sua origem na República Popular.
E, enquanto os delegados se podem congratular pelos óculos de sol recebidos, ideais para os dias sempre ensolarados da Califórnia, a mensagem “Made in China” da marca não é exactamente o que se pode chamar de promoção do sonho americano.
A Câmara de Comércio dos Estados Unidos, que se descreve como uma “organização sem fins lucrativos que representa os interesses unificados das empresas americanas”, não reagiu ao pedido de comentário da Agência France Press.
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