O Comité de ética do Ministério da Saúde da Rússia recusou-se a aprovar testes clínicos no país com uma mistura da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford com a vacina russa Sputnik V, disse um responsável da AstraZeneca à agência Reuters na sexta-feira.
Irina Panarina, directora-geral da AstraZeneca para a Rússia e a Eurásia, disse que a decisão não significa que os testes nunca serão aprovados ou que estão proibidos definitivamente.
Antes da decisão do comité, Panarira disse que a AstraZeneca recebeu questões do Ministério da Saúde russo sobre os testes e que agora está a preparar uma resposta enviada na próxima semana.
Testes de uma vacina contra a Covid-19 em humanos que combinam a solução desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford com a vacina russa Sputnik V foram aprovados no Azerbaijão, nos Emirados Árabes Unidos e na Bielorrússia, disse Panarina.
O Ministério da Saúde russo não respondeu de imediato a um pedido de comentário da agência Reuters.
Tanto a vacina da AstraZeneca e de Oxford como a Sputnik V são administradas em duas doses, uma inicial e uma de reforço, mas a Sputnik usa vectores virais diferentes nas suas duas doses. A ideia para os testes é que os participantes recebam inicialmente a vacina da AstraZeneca e a primeira dose da Sputnik V 29 dias depois.
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