França critica tentativas de desacreditar vacinas da Pfizer

Fotografia: Fran Boloni/Unsplash

Vários influenciadores franceses das redes sociais disseram ter sido abordados por uma agência de comunicação que lhes ofereceu dinheiro para disseminar publicidade negativa contra a vacina da Pfizer para a Covid-19, num incidente que o Ministério da Saúde descreveu como perigoso e irresponsável.

Léo Grasset, cujo canal de Youtube DirtyBiology tem mais de um milhão de assinantes, disse na sua conta do Twitter @dirtybiology que lhe ofereceram dinheiro para criticar a vacina da Pfizer: “Recebi uma proposta de parceria para detonar a vacina da Pfizer em vídeo. Orçamento enorme, um cliente que quer permanecer anónimo. Se vocês virem vídeos sobre isto, saberão que é uma cilada”, tweetou.

Grasset acrescentou que a agência sediada em Londres que o contactou é falsa.

Não é ainda claro quantas pessoas receberam tais pedidos, onde eles tiveram originem ou por que razão visam a vacina da Pfizer, a mais administrada em França — um país com uma ampla tradição de cepticismo em relação a vacinas.

A Pfizer não respondeu de imediato a um pedido de comentário da agência Reuters.

Em Abril, um relatório da União Europeia disse que a Rússia e a China estão a tentar semear desconfiança face às vacinas ocidentais contra a Covid-19 de forma sistemática nas suas campanhas de desinformação direccionadas para o Ocidente.

“Não sei de onde isto vem, se de França ou do exterior”, disse o ministro da Saúde francês, Olivier Verán, na BFM TV na terça-feira. “É patético, é perigoso, é irresponsável e não funciona”.

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