O Ministério da Saúde da República Democrática do Congo confirmou no domingo um novo caso de ébola no nordeste do país, perto da cidade de Butembo, depois da morte de uma pessoa infectada.
“Analisamos a amostra enviada de Butembo e foi confirmado um caso positivo. Infelizmente, o paciente morreu. A população de Butembo não deve entrar em pânico porque organizamos a resposta ao ébola. Uma equipa vai chegar amanhã à cidade de Beni”, anunciou na televisão estatal o ministro da Saúde, Eteni Longondo.
O ministro acrescentou que, na próxima semana, vai mobilizar mais profissionais da capital, Kinshasa. A vítima de ébola apresentou os primeiros sintomas no dia 1 de Fevereiro em Biena, no território de Lubero, e morreu dois dias depois em Butembo, segundo Longondo.
Este caso ocorre três meses após o país ter anunciado, no dia 18 de Novembro, o fim do 11º surto de ébola na sua história, na província de Equador, que deixou 55 mortos e infectou outras 130 pessoas, de acordo com dados oficiais.
As autoridades declararam o fim da décima epidemia meses antes, em Junho de 2020. A propagação da doença atingiu três províncias do nordeste (Kivu do Norte, Kivu do Sul e Ituri) desde Agosto de 2018 e deixou 2.280 mortos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Esta foi a pior epidemia da história do país e a segunda mais grave do mundo. Entre 2014 e 2016, 11.300 pessoas morreram e mais de 28.500 foram infectadas na África Ocidental.
O ébola é transmitido por contacto directo com o sangue e fluidos corporais de pessoas ou animais infectados, causa febre hemorrágica e pode alcançar uma taxa de mortalidade de 90 por cento.
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