China lança o seu próprio mercado de carbono

A China lançou, esta segunda-feira, o seu próprio mercado de carbono, que pode se tornar no maior do mundo, numa altura em que o país – o primeiro poluidor mundial – promete alcançar a neutralidade nas suas emissões em 2060.

O sistema entrou em vigor na segunda-feira, de acordo com a agência de notícias Xinhua.

Pela primeira vez, o Governo central autoriza as autoridades provinciais a estabelecer cotas para centrais termoeléctricas e permite que as empresas de energia negociem direitos de poluição.

O objectivo é reduzir as emissões de poluentes, encarecendo o custo para as empresas que o geram.

A projecção é que este sistema nacional ofusque o estabelecido em 2005 na União Europeia (UE) e se transforme no maior do mundo.

De acordo com as novas regras, as cerca de 2.000 centrais que emitem mais de 26.000 toneladas de gases de efeito estufa por ano serão afectadas pelo sistema, que a longo prazo deve cobrir um terço das emissões de gases carbónicos da China, segundo a Associação Internacional de Acção sobre o Carbono.

Até o momento, o país continua a depender em grande medida do carvão, uma das energias mais nocivas para o meio ambiente.

As centrais chinesas funcionam a 60 por cento com carvão e os especialistas esperam que este poderoso grupo de pressão defenda taxas confortáveis e, portanto, um preço de carbono vantajoso.

A China emitiu quase 14 mil milhões de toneladas de CO2 em 2019, o que representa 29 por cento do total mundial.

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