Covid-19. Tratamento com Regeneron é eficaz contra novas variantes

Regeneron Pharmaceuticals in Tarrytown, New York, is quickly working to develop an antibody to the coronavirus.

O tratamento com anticorpos sintéticos da Regeneron continua a mostrar eficácia contra as variantes britânica e sul-africana da Covid-19, anunciou a empresa de biotecnologia norte-americana nesta quarta-feira. A variante brasileira ainda está em estudo, embora seja semelhante à sul-africana, acrescentou a empresa.

O cocktail de anticorpos, usado para tratar o antigo presidente Donald Trump, recebeu autorização de emergência pela Agência de Medicamentos dos Estados Unidos no final de Novembro.

Por outro lado, resultados mais preocupantes foram revelados em relação ao anticorpo bamlanivimab, fabricado pela farmacêutica Eli Lilly, também aprovado para uso emergencial nos Estados Unidos da América.

O cocktail do Regeneron é indicado para pessoas que desenvolveram sintomas leves ou moderados de Covid-19 e apresentam alto risco de apresentar uma forma grave da doença.

O REGEN-COV, composto de “dois anticorpos neutralizantes” chamados imdevimab e casirivimab, “manteve  asua potente capacidade neutralizante contra a variante britânica B.1.1.7” e “contra a variante sul-africana B.1.351”, revelou a empresa num comunicado. Já em relação à variante sul-africana, um dos dois anticorpos, o casirivimab, viu a sua “potência reduzida”.

Cientistas da Universidade de Columbia chegaram às mesmas conclusões e o seu estudo foi revisto por pares: “Os dados validam a nossa abordagem do cocktail de anticorpos múltiplos”, disse George Yancopoulos, presidente e director científico da Regeneron. “Com dois anticorpos complementares num único tratamento, mesmo que a sua potência seja reduzida, o risco do cocktail perder a sua eficácia é significativamente reduzido”.

“Temos centenas de anticorpos neutralizantes poderosos nos nossos laboratórios que podem formar novas combinações que podem ser úteis contra futuras variantes”, acrescentou.

O anticorpo Eli Lilly mostrou-se “inactivo” contra a variante sul-africana. E é provável que também seja contra a variante brasileira, já que são parecidas.

As variantes são versões diferentes do coronavírus original, aparecendo com o tempo devido a várias mutações, um fenómeno natural na vida de um vírus.

Mas a mutação observada na variante que surgiu na África do Sul é de particular interesse para os cientistas por causa de sua capacidade de contornar medicamentos desenvolvidos.

Até 26 de Janeiro, 308 casos da variante britânica e um caso da variante brasileira foram confirmados nos Estados Unidos, disse Rochelle Walensky, futura directora dos Centros de Controlo de Doenças (CDC), principal agência federal de saúde pública do país. Dois casos da variante sul-africana foram até ao momento confirmado no país.

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