Bairro de Xangai evacuado após detecção de três casos de Covid-19

As autoridades de Xangai começaram a evacuar um bairro residencial da cidade após a confirmação de pelo menos três novos casos de coronavírus nesta quinta-feira, os primeiros detectados na capital económica da China desde Novembro.

As autoridades locais, que não informaram quantas pessoas da área serão transferidas, aumentaram o número de testes de diagnóstico realizados na área, com o objectivo de erradicar o surto, num novo e claro exemplo da contundência da resposta do governo diante dos pequenos focos de infecção que aparecem no país.

Duas das pessoas infectadas trabalham em hospitais e são vizinhas, informaram as autoridades locais de saúde numa conferência de imprensa. O terceiro caso foi detectado num dos seus contactos.

Um jornalista da AFP presente no local disse que autocarros foram preparados e desinfectados antes de levar os moradores para hotéis ou para locais onde ficarão em quarentena. Algumas estradas na área foram encerradas.

Xangai, com uma população de 25 milhões, não registava nenhuma nova infecção local de Covid-19 desde Novembro, mas detectou um caso importado, especificamente um estudante que voltou do Reino Unido no final de Dezembro e foi diagnosticado com a variante britânica do vírus.

A China, país mais populoso do mundo, registou os primeiros casos do novo coronavírus em Dezembro de 2019, na cidade de Wuhan.

Desde então, conseguiu praticamente erradicar a pandemia no seu território, embora nas últimas semanas tenham aparecido focos de Covid-19, que provocam medidas drásticas para cortar radicalmente os contágios.

Por exemplo, na quarta-feira, 1,6 milhão de pessoas num bairro no sul de Pequim receberam ordens para não deixar a capital, e várias dezenas de milhares de residentes nesse mesmo bairro não podem sair das suas casas.

Nesta quinta-feira, a China anunciou 144 novos casos de coronavírus, a maioria no nordeste do país. Segundo dados oficiais, 4.635 pessoas morreram de coronavírus no país até agora, enquanto a pandemia matou mais de dois milhões de pessoas em todo o mundo.