O Governo português esta segunda-feira reunido de forma extraordinária para ajustar o confinamento que começou na passada sexta-feira e sobre o qual já existem dúvidas, depois de um fim de semana marcado por imagens de muitos portugueses na rua.
O encontro decorre por videoconferência, confirmaram fontes oficiais à agência Efe, e espera-se que o Executivo ajuste medidas já em vigor, como a possibilidade que os cafés vendam à porta dos estabelecimentos ou inclusivamente novas restrições.
O confinamento que começou na sexta-feira e que se espera que se prolongue por um mês é similar ao vivido em Março do ano passado, com a principal diferença a ser a manutenção das escolas abertas. Portugal procura travar a terceira vaga de Covid-19, que continua a bater recordes de mortes e contágios no país.
Portugal está há uma semana com registos diários de falecidos acima da centena – o máximo foi no sábado, 166 óbitos – e mais de 10.000 casos.
Os hospitais estão no limite, com máximos não vistos nas vagas anteriores (actualmente há 4.889 hospitalizados, 647 nos cuidados intensivos) e a ministra da Saúde, Marta Temido, admitiu que se está a aproximar do limite: “Há um limite e estamos quase a chegar a esse limite”, disse a ministra este domingo depois de visitar um hospital, onde pediu “veemente” aos portugueses que fiquem em casa para ajudar a saúde pública, que está “numa situação extrema, em sobre-esforço”.
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, juntou-se ao apelo desde as portas de outro hospital, dizendo que os cidadãos devem entender que “fechar é fechar, confinar é confinar, não é confinar mais ou menos, não é fingir que se confina”, nem “usar todas as excepções” ou “passear o cão três ou quatro vezes por dia”: “Ou a sociedade entende (a gravidade da situação) ou os políticos entendem que é necessário ir mais longe”, apontou.
Desde o início da pandemia, Portugal regista 8.861 mortes e 549.801 casos de coronavírus.
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