Covid-19. Chineses discriminados no estrangeiro, africanos discriminados na China

Um novo estudo, coordenado pelo Departamento de Sociologia da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Macau (UM) concluiu que os cidadãos chineses foram alvo de discriminação em Hong Kong, em Taiwan e em diversos pais ocidentais. O mesmo sucedeu, no entanto, posteriormente com cidadãos africanos na República Popular da China.

Intitulado “Estigma, discriminação e crimes de ódio no mundo chinês durante a pandemia da Covid-19” o estudo analisou factores como “o medo de ser infectado, a cultura alimentar, a cultura de máscaras, ideologia política e racismo”, para ajudar a “compreender a estigmatização nas comunidades de língua chinesa durante a Covid-19”, mas também “o impacto de diferentes factores sociopolíticos na geração de crimes de ódio”, pode ler-se numa nota de imprensa enviada na quinta-feira à comunicação social: “Durante as fases iniciais da pandemia, houve principalmente actos de estigmatização por parte de chineses (…) contra residentes de Wuhan e outras cidades da província de Hubei, por parte de residentes de Hong Kong e Taiwan contra residentes do continente, bem como por parte de sociedades ocidentais contra chineses ultramarinos”, acrescenta-se na mesma nota.

Posteriormente, já “com a epidemia gradualmente controlada dentro da China e o desenvolvimento da pandemia fora do país, o povo africano na China tornou-se também o alvo da estigmatização”, concluíram os responsáveis pelo estudo.O trbalho académico foi conduzido por estudantes do Departamento de Sociologia da Faculdade de Ciências Sociais, com a orientação do responsável por aquela unidade orgânica.

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