A Organização Mundial da Saúde (OMS) está em negociações com o instituto russo que desenvolveu a candidata à vacina Sputnik V contra a Covid-19 a respeito da sua potencial inclusão na lista de fármacos para uso de emergência, informou a organização na quinta-feira.
A vacina russa Sputnik V é 92 por cento eficaz na protecção contra a Covid-19 de acordo com os resultados dos testes provisórios, afirmou o fundo soberano do país na quarta-feira
A OMS, num comunicado enviado à agência Reuters, confirmou o contacto com o Instituto Gamaleya: “A OMS entrou em contacto com o Instituto de Investigação em Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, que expressou interesse em inscrever-se na lista de uso de emergência da OMS.”
“Esperamos receber os dados da candidata à vacina Sputnik V. Se um produto submetido para avaliação atender aos critérios de listagem, a OMS divulgará os resultados amplamente”, acrescentou a agência da Organização das Nações Unidas (ONU).
Ao autorizar o uso emergencial da vacina, a OMS estaria efectivamente a recomendar a sua aplicação por parte dos Estados membros. O procedimento agiliza o processo pelo qual vacinas e outros produtos novos e não licenciados podem ser usados em situação de emergência.
A OMS, que está a apoiar o desenvolvimento acelerado de vacinas para conter a pandemia, ainda não pré-qualificou nenhuma vacina experimental nem divulgou uma lista de uso em situação de emergência.
Os resultados da Rússia são apenas os segundos de um teste em humanos em estágio final, anunciados rapidamente após dados divulgados pela Pfizer Inc e pela BioNTech na segunda-feira, que informaram que a sua capacidade de imunização é mais de 90 por cento eficaz.
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