O primeiro-ministro sueco Stefan Lofven iniciou um período de confinamento domiciliário com a sua mulher depois de ter tido contacto com uma pessoa que testou positivo para Covid-19, anunciou na quinta-feira o chefe de Governo do país, onde a situação epidémica é cada vez mais grave.
“É única coisa responsável que posso fazer nesta situação”, afirmou o governante social-democrata numa mensagem publicada nas redes sociais, na qual explica que tanto ele como a esposa estão bem e não apresentam sintomas.
Na Suécia, um dos poucos países da Europa que não aplicou medidas de confinamento, a pandemia “evolui rapidamente no mau sentido e a situação é séria”, admitiu o primeiro-ministro.
O país escandinavo enfrentou a crise de saúde com uma estratégia diferente da aplicada pelos seus vizinhos e apostou em recomendações, e não em obrigações e medidas estritas, não tendo imposto nenhuma restrição séria.
Após uma primeira onda que provocou mais de cinco mil mortes num país com pouco mais de 10 milhões de habitantes, a situação epidémica permaneceu sob controle entre Julho e meados de Outubro, mas o número de casos de coronavírus voltou a aumentar nos últimos dias.
A Suécia registou na quarta-feira 28 mortes provocadas pela Covid-19 e provavelmente o balanço no país vai superar 6.000 óbitos.
Na vizinha Dinamarca, que também enfrenta a segunda onda que afecta o continente, a primeira-ministra Mette Frederiksen e dois terços dos integrantes do Executivo também estão em isolamento após um ministro ter testado positivo à Covid-19.
Frederiksen testou negativo num primeiro exame, mas decidiu permanecer em confinamento à espera dos resultados de um segundo teste, informou o governo.
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