Especialistas internacionais começaram a avaliar os riscos ambientais após a extinção de um incêndio, declarado na última quinta-feira a bordo do petroleiro “New Diamond” na costa do Sri Lanka, informou no domingo o Centro de Gerenciamento de Desastres do país.
O chefe da Marinha do Sri Lanka, Nishantha Ulugetenna, declarou que o incêndio no petroleiro, que transportava cerca de 270.000 toneladas de petróleo bruto e 1.700 toneladas de diesel, foi “completamente” extinto.
O “New Diamond”, navio de bandeira panamenha, transportava a carga do Kuwait para o porto indiano de Paradip quando emitiu um sinal de socorro na quinta-feira, após uma explosão na sala de máquinas que causou a morte de um tripulante filipino.
A Marinha do Sri Lanka e a Guarda Costeira indiana conseguiram controlar o fogo na sexta-feira, evitando que as chamas se propagassem para a carga inflamável: “Dez britânicos e holandeses, especialistas em operações de socorro e resgate, avaliação de desastres e questões legais relacionadas ao assunto chegaram ao navio” para uma expertise técnica, de acordo com a Marinha do Sri Lanka.
A empresa holandesa Smit Salvage despachou os especialistas e também dois rebocadores de Singapura e das ilhas Maurícias, acrescentou.
A Guarda Costeira da Índia, que mobilizou vários navios, um avião e um helicóptero, acrescentou no domingo que uma embarcação especializada no controle de poluição chegou à área, no norte do Oceano Índico.
Os navios de resgate continuavam no domingo a extinguir o fogo com água em alta pressão, enquanto uma enorme coluna de fumo emergia do navio.
O barco de 330 metros de comprimento foi rebocado para águas mais profundas no sábado, a cerca de 75 quilómetros da costa.
O petroleiro sofreu uma fissura no casco cerca de 10 metros acima da linha de água devido ao intenso calor provocado pelo incêndio, de acordo com as autoridades.
Existe o medo de um desastre ambiental ocorrer caso se verifique um derrame de petróleo. Mas as autoridades acrescentaram que até ao momento não há maré negra e que a fissura no casco não é considerada catastrófica do ponto de vista estrutural do navio.
A Agência de Proteção Ambiental do Sri Lanka disse que uma acção legal poderia ser movida contra o proprietário do petroleiro, a empresa Porto Emporios Shipping, uma empresa registada na Libéria, “se o pior acontecer e o navio naufragar”.
Este petroleiro é maior que o japonês “MV Wakashio”, que encalhou num recife nas Ilhas Maurícias em Julho passado, derramando mais de 1.000 toneladas de petróleo bruto nas águas cristalinas da ilha turística.
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