As escolas nas Filipinas só devem reabrir quando uma vacina para o COVID-19 for encontrada e as autoridades educativas do país estão numa corrida contra o tempo para criar, até Agosto, um regime de ensino à distância que possa servir os 27 milhões de crianças do país.
A tarefa afigura-se como um enorme desafio para uma boa parte das famílias do arquipélago, que não têm computador ou acesso à Internet. Os docentes temem que não estejam prontos para implementar com sucesso os métodos de aprendizagem remota em apenas dois meses.
Rodrigo Duterte defendeu no mês passado que retomar as aulas presenciais sem vacina para o COVID-19 “seria um desastre” para um país com um sistema nacional de saúde frágil.
Noutras partes do mundo, as escolas estão a começar a reabrir, com os estudantes a adoptarem medidas e procedimentos de distanciamento social, de forma a reduzir as possibilidades de contágio.,
No entanto, a secretária da educação do Executivo de Manila, Leonor Briones, acredita que as abordagens alternativas podem funcionar até que uma vacina seja desenvolvida: “O presidente preocupa-se com os nossos alunos e exortou-nos a encontrar forma alternativas de ensinar”, disse Briones, numa conferêncoa de imprensa organizada através da Internet.
A responsável explicou que o Departament de Educação está a lançar as bases de um projecto educativo alternativo, pautado pelo recurso à tecnologia, seja através da rádio, da televisão, de aulas através da Internet ou da aprendizagem através de módulos.
Mais de um milhar de pessoas morreram nas Filipinas devido à COVID-19 e quase 23.000 foram infectadas pelo novo coronavírus. Briones, de 79 anos, contraiu a doença, acabando por recuperar.
O número de potenciais vacinas em desenvolvimento supera a centena, mas a maioria dos especialistas considera que será necessário pelo menos um ano para que qualquer uma delas esteja disponível.
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