O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou no domingo que os Estados Unidos da América vão classificar o movimento Antifa como um grupo terrorista, depois de os culpar pela vaga de protestos que paralisou várias cidades norte-americanas.
“Os Estados Unidos da América vão designar o ANTIFA como organização terrorista”, anunciou Trump no Twitter, sem dar mais detalhes.
O presidente e alguns de seus principais assessores culpam o movimento e grupos que eles chamam de “extrema esquerda” por se apropriarem dos protestos pacíficos contra os excessos das forças de segurança após a morte de um cidadão negro em Minneapolis.
Os tumultos em todo o país em dezenas de cidades foram desencadeados pela morte de George Floyd, um cidadão desarmada que foi detido por quatro agentes da polícia de Minneapolis e asfixiado até à morte.
Em uma série de tweets , o presidente dos EUA também congratulou os agentes da guarda nacional por restaurar a ordem no sábado em Minneapolis, ao fim de vários dias de agitação: “Os anarquistas liderados pelo ANTIFA, entre outros, foram detidos rapidamente. Isto devia ter sido feito pelo presidente da Câmara na primeira noite e não teria havido problemas!”, tweetou Trump.
O presidente norte-americano referia-se a Jacob Frey, presidente da Câmara Democrata de Minneapolis, onde o vídeo da morte de Floyd – imobilizado por um agente da polícia que o sufocou com o joelho – gerou comoção em todo o país, além de protestos em outras partes do mundo.
Derek Chauvin, o policial que manteve o joelho sobre o pescoço de Floyd, foi demitido e acusado de homicídio em terceiro grau.
O Antifa – o nome é uma contração para antifascista – é um movimento de activistas radicais que surgiu nos últimos anos, em parte em oposição às manifestações racistas de Charlottesville, na Virgínia, em 2017.
Não se sabe se o movimento conta com uma liderança organizada. Os membros, geralmente vestidos de preto, protestam contra o racismo, os valores de extrema direita e o que consideram fascismo, e dizem que tácticas violentas às vezes são justificadas em termos de auto-defesa.
O FBI define como terroristas domésticos os que promovem “o uso ilegal ou a ameaça de violência contra pessoas ou propriedades a fim de intimidar ou coagir um governo, a população civil ou qualquer segmento dele, em defesa da política ou de objectivos sociais”.
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