
A República Popular da China disse na sexta-feira que vai continuar a fortalecer as medidas de controlo da poluição e que vai cumprir as metas ambientais de 2020, mas alertou que a pandemia do novo coronavírus terá impacto sobre as metas de intensidade energética.
“Mantendo a mesma direção e a intensidade dos esforços desenvolvidos, vamos abordar o problema na fonte e promover uma melhoria sustentada no âmbito do meio ambiente”, disse a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China (NDRC, na sigla em inglês) em comunicado.
No início do mês, o ministro do Ambiente disse que a melhoria verificada na qualidade do ar no primeiro trimestre deste ano foi algo “incomparável”, uma vez que as restrições impostas para conter a epidemia do novo coronavírus levaram ao encerramento de unidades industriais e reduziram o índice de deslocações dos residentes do Continente.
Mas em Abril a poluição do ar na República Popular da China registou o primeiro aumento desde Dezembro, com os analistas a atribuírem a subida à retoma das actividades económicas.
O Ministério das Finanças da China vai alocar um total de 407,3 mil milhões de yuans ao desígnio da protecção ambiental em 2020, perante os 390,6 mil milhões de yuans atribuídos no ano passado, de acordo com um comunicado divulgado esta sexta-feira.
De acordo com a NDRC, a República Popular da China vai continuar a promover sistemas de aquecimento menos poluentes no norte do país, substituindo o carvão por gás ou por electricidade, e vai impor padrões de emissão ultrabaixos a um maior número de complexos siderúrgicos.
“Ainda assim, as tarefas para este ano permanecem formidáveis”, defende a NDRC, que sustenta que o impacto da epidemia provavelmente será maior no crescimento económico do que no consumo total de energia.
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