As autoridades indianas ordenaram que todos os funcionários do sector público e privado usem uma aplicação de rastreamento de contactos e mantenham o distanciamento social em escritórios e repartições públicas, à medida que começa a flexibilizar algumas das medidas de bloqueio em distritos menos afectados pelo coronavírus.
O governo do primeiro-ministro Narendra Modi disse na sexta-feira que a Índia, com a segunda maior população do mundo logo atrás da China, vai estender as restrições nacionais por mais duas semanas a partir de segunda-feira, mas permitirá “relaxamentos consideráveis” em áreas de menor risco.
A Índia lançou no mês passado o aplicativo Aarogya Setu, um sistema baseado em Bluetooth e GPS que alerta usuários que podem ter entrado em contacto com pessoas que depois testam positivo para Covid-19: “O uso do Aarogya Setu será tornado obrigatório para todos os funcionários, tanto privados quanto públicos”, disse o Ministério do Interior, na noite desta sexta-feira.
Os chefes das empresas serão responsáveis ”por assegurar 100 por cento de cobertura” entre os empregados.
Funcionários do ministério da Tecnologia e um advogado que formularam a política de privacidade do Aarogya Setu disseram à agência Reuters que a aplicação deve estar em pelo menos 200 milhões de telefones para ser eficaz numa população de 1300 milhões.
A aplicação foi baixado cerca de 83 milhões de vezes, num país com uma base de utilizadores de smartphones de quase 500 milhões, de acordo com o Ministério da Tecnologia indiano.
O uso obrigatório da aplicação está a suscitar preocupação entre os defensores dos direitos de privacidade, que dizem que ainda não é claro como os dados recolhidos vão ser usados . Os críticos sublinham que a Índia carece de leis de privacidade para gerir o uso da aplicação.
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