Os manifestantes que se opõem à lei da extradição invadiram esta segunda-feira o Conselho Legislativo de Hong Kong, onde hastearam uma bandeira de Hong Kong em tons de negro. A invasão materializou-se ao início da noite, numa altura em que milhares de manifestantes marchavam para na direcção do sede do poder legislativa por ocasião do 22.º aniversário da transferência de soberania.
De acordo com a imprensa local, milhares de pessoas concentraram-se nas ruas da vizinha Região Administrativa Especial para a marcha anual pela democracia, mesmo depois de a polícia ter pedido aos manifestantes que cancelassem a marcha ou alterassem a rota.
No dia em que se assinala o 22.º aniversário da transferência de soberania do território vizinho entre o Reino Unido e a República Popular da China, a antiga colónica britânica prepara-se para ser novamente palco de uma manifestação maciça: a marcha que se realiza todos os anos em prol da democracia foi também esta segunda-feira uma marcha contra as controversas emendas à lei de extradição, que permitiria o envio de residentes da RAEHK para a China continental.
Esta manhã, pouco antes da tradicional cerimónia do hastear das bandeiras da China e de Hong Kong, a polícia carregou sobre grupos de manifestantes, sobretudo jovens, que tentavam bloquear algumas das principais artérias da cidade.
A 1 de julho de 1997, Hong Kong, após 156 anos sob domínio britânico, regressou à soberania chinesa. Tal como em Macau, dois anos depois, o regresso decorreu ao abrigo do princípio ‘Um país, Dois sistemas’, precisamente o que os opositores às alterações da lei garantem estar agora em causa.
Para as duas regiões administrativas especiais da China foi acordado um período de 50 anos com elevado grau de autonomia, a nível executivo, legislativo e judiciário, sendo o Governo central chinês responsável pelas relações externas e defesa.
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