Hong Kong. Manifestantes planeiam novos protestos em simultâneo com o G20

Os responsáveis pelas manifestações que colocaram milhões de pessoas na rua na vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong disseram esta segunda-feira que tencionam organizar mais manifestações para quarta-feira, na esperança de chamar a atenção dos líderes mundiais que participam na cimeira do G20, no Japão.

Os dirigentes da Frente Civil de Direitos Humanos esperam que os líderes mundiais reunidos esta semana em Osaka, no Japão, ouçam as preocupações dos manifestantes. O enfraquecimento da autonomia legal da cidade em relação à China continental é o maior dos receios da população da antiga colónia britânica.

Esta segunda-feira, os dirigentes falaram publicamente perto da sede do Governo, onde alguns manifestantes permaneceram, embora os escritórios do Executivo já tenham sido reabertos.

Os protestos mantiveram-se nas últimas semanas no território vizinho devido à intenção do Governo de discutir legislação que é vista como uma tentativa, por parte de Pequim, de apertar o cerco às liberdades na RAEHK.

No sábado, a polícia de Hong Kong anunciou que vai abrir uma investigação contra os manifestantes que bloquearam a sede da polícia na sexta-feira, considerando esta acção como “ilegal e irracional”.

Na sexta-feira, milhares de pessoas reuniram-se em frente do quartel-general da polícia, exigindo a retirada definitiva da lei da extradição e libertação dos detidos no protesto de 12 de Junho e a demissão da chefe do Executivo, Carrie Lam.

Os jovens – vestidos com ‘t-shirts’ e máscaras – montaram barreiras nas estradas e bloquearam a circulação de viaturas, exigindo a libertação daqueles que foram detidos no protesto de 12 de Junho, marcado por violentos confrontos entre manifestantes e a polícia, que usou gás lacrimogéneo, gás pimenta e balas de borracha para dispersar os manifestantes.

O protesto de sexta-feira ocorreu depois de três outros que levaram milhões de pessoas a manifestarem-se nas ruas contra as emendas à lei da extradição, que permite a extradição de suspeitos de crimes para a República Popular da China.

A chefe do Governo, Carrie Lam, foi obrigada a suspender o debate sobre as emendas planeadas e a pedir desculpas em duas ocasiões, mas não retirou a proposta.

Be the first to comment

Leave a Reply

Your email address will not be published.


*


This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.