
A Assembleia da República de Portugal aprovou esta sexta-feira votos de pesar do PAN e CDS-PP pelas vítimas do “massacre” de Tiananmen, em Pequim, em 1989. Os dois partidos defenderam a preservação da memória como elemento essencial à protecção dos valores da humanidade.
Nas votações dos dois diplomas, apenas o PCP votou contra, com todas as restantes bancadas da Assembleia da República a pronunciarem-se a favor das iniciativas.
No voto de pesar apresentado pelo PAN (Pessoas-Animais-Natureza), refere-se que os protestos inicialmente convocados por estudantes contaram com a adesão de centenas de milhares de outros cidadãos que se foram juntando às reivindicações de reformas ao nível político interno: “Como resposta a um protesto cada vez mais generalizado, os líderes chineses decidiram declarar a lei marcial, a qual desembocou na intervenção do Exército de Libertação Popular, corporizada na noite de 3 para 4 de Junho de 1989 na repressão dos militares, que dispararam contra os manifestantes conjugada com a ocupação de Tiananmen com tanques”, lamenta-se no voto apresentado pelo deputado do PAN André Silva.
O PAN refere depois que “o número de pessoas assassinadas continua a ser um assunto tabu, sendo que volvidos 30 anos não se conhece o número efectivo de vítimas que variará entre algumas centenas ou uma dezena de milhar de mortos”.
“A emoção e o luto foram reprimidos pelo Governo chinês e até hoje as vítimas, directas e indirectas, são censuradas e perseguidas”, salienta-se no mesmo texto.
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