O índice de preços ao consumidor voltou a cair em Setembro na China. A queda foi maior do que o esperado, num contexto de retracção do consumo por parte dos agregados familiares e de uma pressão deflacionista persistente.
O gigante asiático depara-se com dificuldades no capítulo das exportações e o consumo interno abrandou desde a pandemia de Covid-19, devido, em parte à crise prolongada que se regista no sector imobiliário.
O índice de preços ao consumidor (IPC), um indicador-chave da inflação, caiu 0,3 por cento em Setembro em comparação com o ano anterior, de acordo com dados divulgados na quarta-feira, 15 de Outubro, pelo Gabienete Nacional de Estatísticas.
A queda foi maior do que o previsto, dizem economistas consultados pela agência Bloomberg, mas menor do que a registada em Agosto, mês em que o índice recuou 0,4 por cento.
Embora apreciada pelos consumidores, a deflação é considerada um fenómeno perigoso para a economia, pois incentiva as famílias a adiar gastos, na esperança de que os preços possam cair mais ainda.
A pressão económica sobre a China aumentou com a guerra comercial lançada pelos Estados Unidos no começo do ano. O Fundo Monetário Internacional estimou na terça-feira que “um reequilíbrio” direccionado para o consumo promovido por meio de medidas orçamentárias poderia ajudar as autoridades do continente a conter a ameaça deflacionista


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