Pequim vai reforçar as medidas para lutar contra a Covid-19, com a obrigatoriedade de um exame para que a pessoa tenha acesso a vários locais públicos. O anúncio foi feito na sexta-feira pelas autoridades da capital chinesa.
A decisão foi anunciada no primeiro dia do fim-de-semana prolongado do Dia do Trabalho, uma época que é aproveitada pelos chineses para viajar, mas que este ano frustrou os planos de milhares de pessoas. Muitos moradores devem ficar retidos nas suas casas devido ao surto mais grave de Covid pelo qual a China está a passar desde que o país detectou o vírus no fim de 2019 e enfrentou a primeira onda da doença no início de 2020.
Para combater a variante ómicron, que é muito contagiosa, as autoridades chinesas reforçaram a política de “Covid zero”, que consiste em testes em larga escala e confinamentos quando são detectados os primeiros casos.
As medidas rígidas provocaram uma desaceleração da economia do país e uma frustração crescente entre a população.
Pequim anunciou que, na sequência da Semana Dourada, o acesso ao espaço público será limitado e que a partir de 5 de Maio será obrigatório apresentar um teste negativo de Covid feito na última semana para entrar em “vários locais públicos e para utilizar os transportes públicos”.
A notícia foi divulgada na conta da aplicação WeChat da capital chinesa. Para actividades como eventos desportivos ou viagens em grupos será necessário apresentar um exame de Covid feito com menos de 48 horas de antecedência, além de um certificado de vacinação completo.
A China registou neste sábado 10.700 novos casos de Covid, a maioria em Xangai, a capital económica do país.
A metrópole, na região leste do país, está em confinamento há quase um mês e é o maior foco activo da doença, com quase 10.100 casos. O número, no entanto, está em queda e representa quase metade da incidência registada no início de Abril.
Em Pequim foram registados 54 casos nas últimas 24 horas, de acordo com a Administração Nacional da Saúde.
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