
Mais de 160 membros das Forças Armadas da Venezuela testaram positivo para COVID-19, informou no sábado o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López.
“Temos um grupo importante de oficiais e soldados infectados com COVID-19, mais de 160 que acompanharam as brigadas de casa em casa”, disse Padrino López durante um evento militar na capital da Venezuela.
O ministro afirmou que dezenas de militares foram infectados nos postos fronteiriços com a Colômbia e o Brasil, onde recebem migrantes venezuelanos que regressam ao país depois de terem ficado desempregados por causa da pandemia.
“Estamos muito próximos do vírus, mas o nosso dever é contê-lo, contribuir com todas as tarefas (…) para prevenir e cortar as cadeias de contágio”, disse Padrino López, recentemente reconduzido pelo presidente Nicolás Maduro no cargo que ocupa desde 2014.
Na sexta-feira, o presidente venezuelano prorrogou pela quarta vez o “estado de alerta” por 30 dias, para tentar controlar um “surto”. A medida estabelece uma base legal para prolongar a quarentena decretada desde 16 de Março.
A Venezuela regista um “preocupante” aumento nos casos, de acordo com o próprio Maduro.
Na quinta-feira, o número dois do chavismo, Diosdado Cabello, e o governador do estado petrolífero de Zulia, no oeste do país, Omar Prieto, confirmaram que testaram positivo para a COVID-19. Um dia depois, o ministro do Petróleo, Tareck El Aissami, muito próximo de Maduro, também declarou estar contagiado.
Os dados oficiais são questionados pela oposição e organizações como a Human Rights Watch, que os consideram pouco confiáveis. O balanço oficial mais recente do governo registra 9.178 contágios e 85 mortes no país.
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