Diego, uma tartaruga gigante que ajudou a resgatar a sua espécie de uma extinção quase certa com uma série de acasalamentos que geraram 800 crias, regressou na segunda-feira às ilhas Galápagos, de onde foi retirado há 87 anos.
Fontes do Parque Nacional das Galápagos confirmaram à agência Efe o regresso de Diego e de outras 14 tartarugas que participaram num crucial plano de procriação.
O programa arrancou nos anos 60, depois de especialistas equatorianos terem descoberto que havia apenas 12 fêmeas e dois machos da espécie Chelonoidis hoodensis na ilha de Española, pertencente ao arquipélago celebrizado por Charles Darwin em “A Origem das Espécies”.
Diego foi recrutado para a mesma missão em 1976 para fornecer ao programa de reprodução “a variabilidade genética” necessária para garantir a continuidade da espécie. Depois de procurarem por exemplares à volta do mundo, os especialistas encontraram-no num jardim zoológico de San Diego, nos Estados Unidos, onde se entrava desde o início da década de 30-
Com uma linhagem que supera os 800 exemplares, Diego regressa agora à ilha de Española na companhia dos 14 parceiros de projecto. Os especialistas consideram que o risco de extinção que mantinha os animais confinados ao cativeiro na ilha de Santa Cruz já não existe: “Existem actualmente cerca de 2.300 espécimes naquela ilha que foram repatriados ao longo dos últimos cinquenta anos e já não é necessário que os animais sejam mantidos em cativeiro, porque a população está a crescer. Portanto vão ser libertados”, confirmou o Parque Nacional das Galápagos.
O regresso de Diego é histórico. Especialistas do parque acreditam que o macho foi capturado na ilha em 1933.
O processo de transferência, anunciado em Janeiro, devia ter ocorrido em 27 de Março, mas foi adiado por causa da pandemia de coronavírus.
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