O Governo anunciou esta quarta-feira que vai impor um período de 14 dias de quarentena obrigatória a quem chegue de Pequim ou tenha estado na capital chinesa nas duas semanas anteriores à entrada no território. A medida entrou em vigor ao meio-dia e prevê consequências criminais para quem se recuse a cumprir o período de isolamento.
“A partir das 12:00 horas do dia 17 de junho , todos os indivíduos que nos últimos 14 dias anteriores à entrada em Macau tenham estado em Pequim, serão sujeitos a uma observação médica por um período de 14 dias”, indicou o Executivo, numa nota de imprensa. “Os infractores podem estar sujeitos à medida de isolamento obrigatório, além da eventual responsabilidade criminal”, complementam ainda as autoridades do território.
A medida materializa-se dois dias depois das autoridades da capital chinesa terem colocado várias zonas residenciais sob estritas medidas de contingência. Desde o fim-de-semana, a Administração Municipal de Saúde de Pequim registou um total de 137 casos de infecção pelo novo coronavírus. A cadeia de transmissão local está ligada a mercado de Xinfandi, o maior mercado abastecedor da capital chinesa. Pequim já não registava casos de infecção por COVID-19. Nas últimas 24 horas, durante o dia de terça-feira, as autoridades chinesas detectaram 44 novos casos da doença, 31 dos quais na capital chinesa.
O novo surto colocou um ponto final numa série de 18 dias em que não foi registada qualquer transmissão de natureza local em toda a República Popular da China. Pequim já estava há 56 dias consecutivos sem contágios locais.
O receio de uma segunda vaga de Covid-19 levou as autoridades chinesas a cancelar mais de um milhar de ligações aéreas, noticiou a imprensa chinesa.
Pequim exortou ainda os mais de 21 milhões da zona metropolitana da capital a evitar “viagens desnecessárias”, depois de ter encerrado os estabelecimentos de ensino.
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