Pavões, avestruzes e babuínos estão entre as espécies responsáveis por um “baby boom” num Jardim Zoológico palestiniano que deixou de receber visitantes por causa do coronavírus. Sem a pressão dos visitantes e sem distrações humanas, a natureza seguiu o seu curso.
Quinze animais nasceram no pequeno Jardim Zoológico de Qalqilya, na Cisjordânia ocupada, durante os dois meses em que o recinto esteve de portas fechadas aos visitantes. O número é três vezes superior ao habitual, anunciaram os responsáveis pelo Jardim Zoológico.
“O coronavírus espalhou-se ao mesmo tempo em que um grande número de excursões eram esperadas no Jardim Zoológico. Estas visitas foram canceladase os animais começaram a dar à luz”, afirmou o veterinário do Parque, Sami Khader.
Uma avestruz que depositasse os seus ovos em anos normais raramente tinha a possibilidade de os incubar adequadamente. Mas este ano, uma das fêmeas produziu nada mais anda menos do que 11 ovos e “por não haver pessoas ao seu redor, ela conseguiu até construir um ninho”, ilustrou o veterinário.
No recinto dos macacos, geralmente atormentado por abortos e por gravidezes interrompidas, uma fêmea de babuíno deu à luz, embora tenha demonstrado pouca inclinação para cuidar do bebé: “O meu pai teve que o trazer para nossa casa”, disse a filha do veterinário, Hind Khader. “Eu cuidei dele e dei-lhe leite.”
O Jardim Zoológico reabriu no final de Maio, quando as autoridades palestinianas diminuíram as restrições. Agora, responsáveis pelo Jardim Zoológico esperam que os recém-nascidos sejam suficientes para compensar 200.000 visitas perdidas devido ao coronavírus.
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