O índice de preços ao consumidor (IPC) da República Popular da China, o principal indicador da inflação, subiu 3,3 por cento, em Abril, em termos homólogos, informou esta terça-feira o Gabinete de Estatísticas do país, sinalizando a retoma da actividade económica.
O número é menor do que o previsto pelos analistas, que apontavam para um aumento da inflação de cerca de 3,7 por cento em Abril. Em Março, o IPC subiu 4,3 por cento, reflectindo ainda as medidas para conter a propagação da covid-19, que paralisaram o país, com o bloqueio de cidades e transporte de mercadorias, durante quase dois meses.
O aumento registado em Abril é o menor desde Setembro de 2019.
A moderação na subida dos preços deve-se principalmente à “consolidação da tendência de prevenção e controlo da epidemia” e à aceleração “da produção e da vida quotidiana”, segundo o estatístico do GNE Dong Lijuan.
Os principais responsáveis pelo aumento da inflação foram os alimentos, cujos preços subiram 14,8 por cento.
O preço da carne de porco, que no ano passado mais do que duplicou devido a um surto de peste suína, que interrompeu o fornecimento doméstico, aumentou 96,9 por cento, em termos homólogos.
O preço dos legumes frescos cresceu 3,7 por cento, enquanto o das frutas frescas caiu 10,5 por cento e o dos ovos 2,7 por cento.
O GNE detalhou ainda que o preço dos produtos não alimentares aumentou 0,4 por cento, em relação ao mesmo mês do ano anterior, e o dos bens de consumo 4,7 por cento.
O custo dos cuidados médicos aumentou 2,2 por cento, em Abril, em relação ao mesmo mês do ano anterior. A educação, cultura e entretenimento subiram 2 por cento, mas os preços dos transportes e comunicações caíram 4,9 por cento, apontou.
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