O presidente da Escola Portuguesa de Macau, cujos alunos se encontram sem aulas desde o início do mês devido ao novo coronavírus, explicou à agência Lusa que o Governo português está disponível para ajustar o calendário das provas dos exames nacionais. Manuel Peres Machado não acredita que as escolas possam reabrir antes de quinze de Março e assegura que a Escola não tenciona cancelar as férias da Páscoa.
“Foi discutida a possibilidade de os nossos alunos, caso não tenham tempo de se preparar para realizar a primeira fase dos exames nacionais, que começam no dia 15 de Junho, poderem realizar a segunda fase, que começa a 21 de Julho, equivalendo esta, para os nossos alunos, à primeira fase”, disse à agência noticiosa portuguesa o presidente da direcção da Escola Portuguesa de Macau (EPM), Manuel Peres Machado.
O responsável salientou ainda que, caso haja necessidade, os alunos que queiram fazer a segunda fase dos exames podem realizar as provas na época especial de exames, em Agosto, explicou.
Manuel Peres Machado esteve reunido na semana passada com responsáveis da Direcção Geral de Educação, Direção Geral de Administração Escolar, Júri Nacional de Exames e com o chefe de gabinete do secretário de Estado da Educação, com quem esta hipótese foi avançada: “O Ministério da Educação está aberto a isto vir a acontecer, dada a situação que se vive em Macau, mas ainda nada foi decidido, porque ainda é desconhecida a data de abertura das aulas no território”, explicou Manuel Peres Machado.
Todas as escolas do antigo território administrado por Portugal foram encerradas no dia 3 de Fevereiro devido ao surto do novo coronavírus.
A data de abertura das escolas será dada com 15 dias de antecedência, informou esta semana o Governo do território: “Como ainda nada foi dito, eu acredito que antes do dia 15 de Março nada será iniciado”, frisou o responsável do estabelecimento de ensino. Fundada em em 1998, a EPM é o resultado da colaboração entre Portugal, Fundação Oriente e a Associação Promotora da Instrução dos Macaenses.
A tomada de decisão está também dependente dos professores das disciplinas de exame, que darão “o ‘feedback’ no sentido de perceber quanto tempo necessitam para superar as dificuldades que resultaram desta interrupção forçada”, frisou.
Em cima da mesa, estão também previstas “aulas de apoio, aulas suplementares e algum eventual reajustamento de horário, [ou seja] compensar o tempo que foi perdido”, acrescentou.
O responsável disse ainda que a Escola Portuguesa de Macau não tem previsto cancelar o período de férias da Páscoa. O número de infectados com o coronavírus Covid-19 desceu para três após uma nova alta hospitalar anunciada esta terça-feira pelos Serviços de Saúde locais, em conferência de imprensa.
Dos 10 casos registados em Macau, este é o sétimo paciente a receber alta, continuando internadas outras três pessoas. Cerca de 300 professores e três mil alunos dos estabelecimentos de ensino do território viverão do outro lado das Portas do Cerco. Os números carecem de confirmação oficial por parte das autoridades do território.
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