Os nove pacientes que ainda se encontram hospitalizados no Centro Hospitalar Conde de São Januário devido ao novo coronavírus poderão receber alta nos próximos dias, admitiram este domingo em conferência de imprensa as autoridades sanitárias do território.
Dos 10 casos confirmados desde o surto da epidemia, um já recebeu alta.
“[Para acontecer o mesmo aos restantes nove] são precisos mais testes, mas estamos optimistas”, sublinhou o coordenador dos serviços de urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Chang Tam Fei.
O responsável indicou ainda que a procura pelos serviços de urgência diminuiu, de 400 a 500 casos diários, para os actuais 300, sendo que muito deles dizem respeito à gripe sazonal.
Nas últimas 24 horas, de acordo com os dados fornecidos pelas autoridades, foram realizados pouco mais de uma centena de testes no Laboratório de Saúde Pública do território.
Quase 600 casos suspeitos do novocoronavírus chinês deram negativo em Macau nas últimas duas semanas, mantendo-se em nove o actual número de infectados.
Dos 593 casos suspeitos, foram descartados 555. Vinte e oito pessoas que realizaram testes continuam a aguardar os resultados dos respectivos testes.
Uma das primeiras medidas do Governo de Macau, para além de enviar milhares de funcionários públicos para casa, onde continuam a trabalhar, mas à distância, passou pelo racionamento de máscaras, devido à sua escassez.
Macau fechou também os casinos e anunciou o encerramento de espaços culturais e desportivos, parques, jardins e espaços de lazer, bem como de todo o tipo de negócios, o que praticamente está a paralisar a economia.
As autoridades informaram este domingo também, em conferência de imprensa, que 15 hotéis e pensões fecharam portas, um dia depois de terem dado conta do encerramento de sete hotéis: Hotel Legend Palace, Rocks Hotel, Hotel Sofitel, The Four Seasons Hotel, Grand Harbour Hotel, St. Regis Macao e o Conrad Macao.
A República Popular da China elevou este domingo para 811 mortos e mais de 37 mil infectados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detectado em Dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei. A cidade encontra-se desde 23 de Janeiro em quarentena.
Nas 24 horas anteriores ao balanço, registaram-se 89 mortes e 2.656 novos casos.
O balanço das vítimas já ultrapassa o da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 causou a morte a 774 pessoas em todo o mundo, a maioria das quais na China, mas a taxa de mortalidade permanece inferior.
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