
A polícia da vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong lançou gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes que se concentraram na zona de Causeway Bay no domingo. Centenas de pessoas concentraram-se frente ao consulado dos Estados Unidos da América na antiga colónia britânica, onde pediram a Washington que ajude a impor um sistema democrático.
A polícia forçou os manifestantes a desmobilizar em Central e os contestatários acabaram por dispersae para os arrumamentos vizinhos de Admiralty, de Wan Chai e de Causeway Bay, num padrão que já começa a ser familiar do jogo do gato e do rato entre a polícia e a população.
Os activistas montaram barricadas, partiram janelas, incendiaram caixotes do lixo nas ruas e vandalizaram a estação de metro de Central, onde estão situadas as instituições financeiras mais importantes da antiga colónia britânica.
Sede de bancos, joalharias e lojas de marcas de luxo, Central encheu-se este domingo de grafites, estilhaços de vidro e tijolos arrancados dos passeios. Os manifestantes atearam fogo a caixotes e a rimes de plástico e construíram barricadas com cercas de metal: “Não podemos sair porque há agentes da polícia de intervenção”, disse Oscar, um manifestante de 20 anos, em Causeway Bay. “A polícia disparou gás lacrimogéneo no interior da estação”, disse ainda.
Mais cedo, milhares de manifestantes cantaram o hino norte-americano e pediram ao presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, para “libertar” a cidade. Os manifestantes carregavam bandeiras norte-americanas e cartazes em que é exigida democracia. “Lute pela liberdade, apoie Hong Kong”, gritaram os manifestantes, antes de entregarem , petições no consulado dos EUA.
O secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, pediu no sábado que a República Popular da China actue com comedimento em Hong Kong. A cidade regressou à soberania chinesa em 1997.
No mês passado, Trump sugeriu que a China deveria resolver o problema em Hong Kong “humanamente” antes que um acordo comercial fosse alcançado com Washington. Anteriormente, Trump chamou os protestos de “distúrbios” de inteira responsabilidade da China.
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