
Negociadores da República Popular da China e dos Estados Unidos da América conversaram nesta terça-feira pelo telefone, dando continuidade às tentativas de negociação que visam resolver o braço-de-ferro comercial entre as duas maiores economias do mundo. O diferendo tem afectado as linhas de produção e os mercados financeiros mundiais.
Robert Lighthizer, representante do Executivo norte-americano, e o secretário do Tesouro dos Estados Unidos da América, Steven Mnuchin, conversaram com o vice-primeiro ministro chinês, Liu He, e como o ministro Zhong Shan, na terça-feira, reatando as negociações com que Washington e Pequim visam resolver as disputas comerciais entre os dois países, disse o Governo norte-americano em comunicado.
“Ambos os lados vão dar continuidade às negociações conforme for mais apropriado”, disseram as autoridades norte-americanas, sem dar mais detalhes sobre o que foi discutido ou sobre os próximos passos nas negociações.
Os negociadores retomaram a discussão após um hiato de dois meses e mais de um ano depois dos dois países terem entrado numa batalha de tarifas. Washington quer que Pequim tome providências a respeito do que alega serem décadas de práticas comerciais ilegais.
No mês passado, Washington e a República Popular da China concordaram, durante a cúpula do G20 no Japão, em retomar as negociações, aliviando os temores de uma escalada do diferendo.
Após se ter reunido com o presidente chinês, Xi Jinping, à margem da cimeira do G20, o presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, concordou em suspender uma nova ronda de imposição de tarifas no valor de 300 mil milhões de dólares sobre bens de consumo chineses, enquanto os dois lados mantiverem negociações.
Trump disse na altura que a República Popular da China retomaria as aquisições em larga escala de commodities agrícolas norte-americanas, enquanto os Estados Unidos da América relaxariam as restrições aos equipamentos de telecomunicações da gigante de tecnologia chinesa Huawei.
Na terça-feira, o assessor económico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse que a China deve avançar rapidamente para a aquisição de produtos agrícolas dos Estados Unidos da América. Kudlow acrescentou que o relaxamento nas restrições do governo norte-americano sobre a Huawei vão ajudar a empresa, mas que a medida será temporária.
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