
Milhares de pessoas saíram à rua na capital do Myanmar, Nayipidaw, no sábado para exigir uma investigação urgente à alegada violação de uma menina de dois anos. O protesto foi desencadeado por uma campanha lançada nas redes sociais que abalou a sociedade birmanesa.
O crime ocorreu em Maio, na capital, mas a campanha de protesto intnsificou-se na semana passada, quando o pai da menor recorreu à imprensa para expressar a sua indignação com os poucos avanços registados pela investigação policial.
A sua filha – explicou o progenitor – regressou do Jardim de Infância com ferimentos causados por uma alegada violação, de acordo com os médicos.
No sábado, os manifestantes marcharam em Nayipidaw, a capital do país, tendo o quartel-general da Polícia como destino final. Muitos estavam vestidos de branco, a cor do luto na antiga Birmânia. Os manifestantes exigiram “justiça” para a menina e também mais segurança para os menores.
Um homem foi detido na quarta-feira, graças a imagens de câmeras de segurança, de acordo com a polícia. O suspeito foi acusado de ter violado a menina, mas a opinião pública mostrou-se céptica quanto à possibilidade do detido ser o verdadeiro responsável pela violação.
O estabelecimento onde a vítima estava matriculada e outros seis, privados, foram fechados.
De acordo com a Organização Não Governamental Terra dos Homens, com sede em Lausanne (Suíça) e com forte actividade no Myanmar, os casos de abuso sexual são muito comuns” na antiga Birmânia. São pelo menos dois casos por semana, apenas em Nayipidaw, afirmou a organização. A maioria dos casos nem sequer alcança o conhecimento público.
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