
Com a controvérsia em torno da proposta de lei da extradição longe de serenada, outro diploma foi esta quarta-feira parar temporalmente à gaveta. O Executivo da antiga colónia britânica optou por não reatar o debate na especialidade da proposta de lei relativa à utilização e protecção da bandeira, emblema e hino nacionais.
Em Macau, as alterações à lei foram votadas e aprovadas pela Assembleia Legislativa no final de Janeiro. Em Hong Kong, o diploma devia ser analisado e votado antes do final da presente sessão legislativa, no mês de Julho, mas o Governo decidiu adiar o processo para depois das férias dos deputados.
O presidente do Conselho Legislativo da antiga colónia britânica explicou que há muitas questões de natureza económica e social que podem e devem merecer primazia por parte dos deputados. A medida foi saudada tanto por parte da bancada pró-Pequim, como por parte da bancada pan-Democrática.
Lam Chuek-ting, deputado do Partido Democrático, considera que, dada a controvérsia em torno da lei da extradição, a discussão de outros diplomas de natureza contenciosa iria contribuir apenas para acirrar mais os ânimos no território: “A lição é muito simples. O Governo não pode ouvir apenas a bancada pró-Governo. Tem também de ter humildade e ouvir a opinião das população de Hong Kong”, defendeu o deputado.
Outro parlamentar, Michael Tien, defendeu que não há qualquer pressa para aprovar a lei do hino ou para acelerar a sua discussão no hemiciclo.
A proposta prevê uma multa de 50 mil dólares de Hong Kong e uma pena de prisão de até três anos para quem seja considerado culpado de desrespeito para com a “Marcha dos Voluntários”, o hino nacional da República Popular da China.
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