
As autoridades de Washington divulgaram na passada terça-feira um plano para garantir o fornecimento de minerais estratégicos ao país, incluindo terras raras, indispensáveis ao fabrico de equipamentos electrónicos. A China ameaçou limitar o acesso às preciosas matérias-primas na sequência do agravamento do braço-de-ferro entre ambas os dois países.
“Estes minerais críticos são frequentemente ignorados, mas sem eles a vida moderna seria impossível”, afirmou o secretário norte-americano do Comércio, Wilbor Ross, citado pela agência France-Presse.
Wilbor Ross adiantou que o Governo norte-americano está “a tomar medidas sem precedentes para garantir que os Estados Unidos da América não sejam privados daqueles materiais vitais”.
O plano de acção identifica 35 elementos estratégicos, incluindo urânio, titânio e terras raras, e um conjunto de 17 metais essenciais às tecnologias de ponta, dos quais os Estados Unidos são especialmente dependentes de países terceiros.
A China assegura mais de 90 por cento da produção mundial deste conjunto de 17 metais, indispensáveis no fabrico de ‘smartphones’, ecrãs plasma, veículos eléctricos e armamento.
Em 30 de Maio, Pequim declarou que a guerra comercial bilateral iniciada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, com taxas alfandegárias punitivas e sanções contra empresas chinesas, é “terrorismo económico”.
Perante o ataque de Trump, responsáveis políticos chineses lançaram a ameaça de reduções nas exportações de terras raras para os Estados Unidos da América, o que poderá vir a privar as empresas norte-americanas de um recurso essencial para as tecnologias de ponta.
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